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Pois tenho direito de escolher o que é melhor pra mim! O importante é não se desesperar e acreditar que tudo irá se resolver dentro de poucos dias meninas...
2014 Brasil
Bom, minha história é um pouco longa mas espero ajudar meninas que também estão passado pela mesma situação que eu vivi. Eu tenho 22 anos, estou no último ano da faculdade e namorei 3 anos uma pessoa mais velha do que eu. Minha família nunca aceitou e também tive outros problemas sérios como agressão verbais e físicas. Por tais motivos terminamos o relacionamento e eu deixei de tomar o anticoncepcional (pois estava me preparando para inserir o DIO). Depois de três meses tive uma recaída e saí com ele por carência e não usei camisinha (o pior erro da minha vida). Entretanto, fiz uso da pílula do dia seguinte e fiquei tranquila. No quinto dia de menstruação atrasada resolvi comprar um teste de farmácia para tirar a dúvida da cabeça, mas eu tinha certeza que não podia estar grávida. O teste deu positivo e eu não podia acreditar naquilo. No outro dia de manhã fiz o exame de sangue acreditando que o da farmácia poderia estar errado... Mas eu estava grávida! No mesmo dia meu ex namorado marcou uma consulta com um médico que havia realizado um aborto há muitos anos atrás em uma antiga namorada dele. Chegamos lá e o tal médico me confortou dizendo que não tinha nada contra o aborto entretanto o uso de CYTOTEC era muito perigoso haja vista que podia ser falsificado e trazer consequências para a criança.. Eu perguntei se ele conhecia alguma clínica e ele me disse que na minha cidade a polícia havia fechado muitas clínicas clandestinas nos últimos anos e que não conhecia nenhuma. Saí da consulta desolada e convencida pelo meu ex a manter a gravidez. Mas, no fundo, não era o que eu queria... Então a noite fui conversar com minha psicóloga e ela confirmou o que o médico me disse: o uso de remédio era perigoso! Entretanto, ela me disse que eu poderia fazer uma curetagem para retirada do feto. Agora o problema era conseguir encontrar um médico que fizesse o procedimento... Conversei com três amigas e uma delas, ligada ao movimento feminista, me passou um número de uma ginecologista. Marquei um horário e fui até o consultório... Aparentemente era um consultório médico normal, entretanto não vi nenhuma outra paciente enquanto estive lá. Ela aceitou realizar o procedimento por 5 mil reais (eu estava de aproximadamente 5 semanas) e me receitou antibióticos. No dia anterior ao procedimento tive a pior noite da minha vida. Tive muito medo de morrer, de ter uma complicação e não poder mais ter filhos, enfim... Apesar do alto preço que estava pagando não tinha como confiar naquela profissional...Um dia depois fui até a clínica para fazer a curetagem. Não teve anestesia e senti bastante cólica. Entretanto a dor é suportável, ainda mais se vc tiver alguém te acompanhando neste momento. Depois que acabou o procedimento (durou uns 20 minutos) as dores passaram e 7 dias depois realizei uma transvaginal. Realmente não havia mais gravidez, mas permaneceu um coágulo de sangue que precisa ser retirado através de outra curetagem. Daqui ha três dias irei realizar de novo o procedimento e estou confiante que tudo irá terminar bem. Li em outro depoimento que nós mulheres somos um pouco de fênix. E é verdade. Sempre conseguimos nascer de novo das nossas próprias cinzas... É a vida que segue! Me senti triste pela vida que foi embora, entretanto fiquei muito aliviada e feliz por poder decidir sobre o meu futuro!
A ilegalidade de seu aborto afetou seus sentimentos?
Sim, a ilegalidade me trouxe medo de morrer ou de ser descoberta pela polícia.
Como as outras pessoas reagiram ao seu aborto?
Contei para três amigas que disseram que me apoiariam em qualquer decisão. Também conversei com minha pscicologa que me orientou quanto ao melhor procedimento a ser tomado para interromper a gravidez. O pai do bebê me ajudou financeiramente mas tentava sempre me convencer a manter a gravidez.
Elizabeth Elizabeth
Yesterday was my second abortion. My first one was an easy choice as I was just…
Won’t be named Won’t be named
I had an abortion a week after my twenty second birthday, I was five and a half…