Chris
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1996 Brazylia
Eu tinha 16 anos, e ele era meu primeiro namorado. Nunca tive muita liberdade de diálogo em casa, meus pais sempre tiveram vergonha em falar sobre sexo, e eu também tive medo deles proibirem meu namoro se soubesses que eu estava pensando no assunto. Então acabei iniciando minha vida sexual sem muito respaldo. Fazíamos o método da tabelinha e coito interrompido...o que todos sabem que não funciona como método contraceptivo. Após 4 meses, engravidei. Senti muitos enjoos e um medo absurdo de ter colocado minha vida "fora". Meu namorado, na época com 19 anos, conseguiu dinheiro e fomos a um ginecologista, que confirmou a gravidez e me mandou ao shopping comprar sapatinhos. Eu só chorava. Não conseguia me imaginar mãe, tinha medo da reação dos meus pais, não queria casar (meu namorado achou que casar seria a solução, mas eu nem gostava dele tanto assim), estava no meio do ano letivo, e tinha medo da reação que as pessoas teriam...tinha medo dos olhares, dos comentários, do preconceito que sofreria, do julgamento alheio. Passaram quase 3 meses e minha mãe, claro, notou que algo estava errado e abri o jogo. Em 3 dias meus pais encontraram a clínica, conseguiram o dinheiro e eu fui. A clínica ficava em uma casa totalmente acima de qualquer suspeita. Entramos, fiz um exame de toque, uma ecografia, e marcaram para o dia seguinte. Foi rápido. Lembro de acordar aliviada e envergonhada. Mas não vejo outra saída. Hoje, se engravidasse novamente, teria a criança, mas aos 16 anos, não via outra solução além do aborto. Me culpo, sim. Penso nisso até hoje, e acredito que não vá esquecer nunca. Peço perdão pela minha fraqueza e também pela coragem de passar por isso tão nova. Arrependimento, não tenho.
Czy nielegalność twojej aborcji wpłynęła na twoje uczucia?
Não
Jak inni ludzie zareagowali na twoją aborcję?
Apoiaram
Julieta Iovaldi Curutchet
Decidí desde el principio no compartir esa experiencia con la pareja de ese…